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Mercado imobiliário incorpora inteligência artificial no atendimento ao cliente e oferta de produtos na Internet

“Boom” dos aplicativos de IA, como o ChatGPT, acelera investimentos em ferramentas que otimizam a experiência do consumidor imobiliário e facilitam o trabalho dos corretores de imóveis

Por décadas considerado um setor conservador em relação à adoção de novas tecnologias, o mercado imobiliário nacional está passando por uma transformação associada à utilização da inteligência artificial. Com uso ainda incipiente entre os corretores de imóveis brasileiros, o ChatGPT e outras plataformas de chatbot autônomo já impulsionam o aprimoramento, através da IA, de serviços que vão da oferta de imóveis na Internet ao atendimento ao cliente. 

Com um investimento cada vez maior em Tecnologia da Informação, a rede de imobiliárias paranaense, JBA Imóveis, passou, recentemente, por uma transformação interna importante, que começou na pandemia. Há quase 30 anos atuando no Paraná, o diretor da empresa, Ilso Gonçalves, percebeu a necessidade de absorver as soluções inovadoras disponíveis para o setor. O resultado foi uma mudança estrutural na imobiliária, que incorporou a tecnologia em todos os departamentos. Isso é percebido através da familiaridade que a equipe da empresa tem, atualmente, com plataformas, softwares e aplicativos como Vista CRM, Bitrix24, Take Blip, Imobi CRM, Net2Phone, Mikrotik, Microchimp e IDT. Da área de vendas ao núcleo financeiro, os processos da imobiliária foram atualizados com a adoção de diferentes tecnologias e também da inteligência artificial. “A tecnologia mudou quase tudo na JBA: o armazenamento de dados ‘na nuvem’, o mapeamento das ofertas de imóveis de acordo com a demanda personalizada do consumidor, a conexão das equipes em rede, a Internet Wi-fi unificada em todas as lojas e, principalmente, o atendimento ao cliente”, conta. 

Embora ainda não tenha incorporado o ChatGPT como ferramenta de trabalho dos corretores de imóveis da rede, a JBA atualizou a logística do atendimento com o uso de inteligência artificial. Quem entra em contato com a empresa em busca de imóvel para alugar, comprar ou vender passa por uma triagem inicial automatizada. “Mas não é aquele atendimento inconsistente, com robôs que enviam dezenas de perguntas e nunca transferem a pessoa para a condução de um profissional. Investimos em um sistema de chatbot que otimiza e agiliza mesmo o processo, concluindo o encaminhamento certeiro em menos de um minuto”, ressalta. Através da programação refinada dos diálogos, a plataforma identifica o profissional ideal para fazer o atendimento ao consumidor, considerando a demanda, região, tipologia e outras características do imóvel e do cliente. 

Outra ferramenta tecnológica adotada pela JBA é o sistema de Wi-Fi que permite, com um único login e senha, que os colaboradores sejam conectados automaticamente à Internet e à base de dados da empresa, em qualquer uma das lojas da marca. A empresa também buscou mecanismos de portabilidade, monitoramento das operadoras telefônicas e gerenciamento de redes de internet, que garantem a conexão 24h e permitem o acesso remoto aos sistemas, facilitando o trabalho na rua ou em home office

Sinceridade Artificial

Diferente de outras plataformas de chatbot já adotadas de forma ampla no mercado imobiliário brasileiro, o ChatGPT promete levar a automatização e também o uso da IA a um novo patamar de diálogos virtuais. Com potencial para também aperfeiçoar descrições de imóveis e até documentação, a ferramenta já conquistou corretores de imóveis nos Estados Unidos e deve, em breve, ser incorporada à rotina dos profissionais brasileiros, de forma mais ampla e popular. 

Responsável também por uma onda de preocupação, pelo risco da substituição dos talentos humanos por robôs em diversas profissões, o ChatGPT não parece ser uma ameaça para os corretores de imóveis, por exemplo. Em resposta à pergunta sobre as limitações da IA e desvantagens do seu próprio avanço, a plataforma responde: “A falta de personalização, pois o ChatGPT oferta soluções padronizadas e automatizadas, que não levam em conta as necessidades específicas de cada cliente ou transação imobiliária”.  

O software de inteligência artificial que virou o principal assunto no planeta na área de tecnologia desde o lançamento, no fim de 2022, gera respostas para qualquer pergunta e simula diálogos humanos, além de produzir textos, artes digitais e até vídeos. “Mas essa e outras ferramentas não têm consciência e apenas imitam ou reproduzem a inteligência humana, sem a sensibilidade, sem o conhecimento real, as vivências e tudo que só os seres humanos são capazes de imaginar, criar e inventar. A inovação é importantíssima, mas a cautela com a tecnologia também”, avalia a gerente administrativo-financeira da JBA Imóveis, Nádia Kuczarski

Para o gestor de Tecnologia da Informação da empresa, Robison Talga, que estuda o uso da plataforma na JBA, é fundamental calcular os prós e contras da adoção da nova ferramenta nas diferentes etapas do trabalho dos profissionais. “O objetivo de investir em tecnologia e em ferramentas de inovação é ganhar tempo, otimizar os processos, facilitar o trabalho de todos e diminuir o desgaste. O meu desafio é buscar constantemente a atualização e avaliar cada nova tecnologia disponível no mercado, considerando também se é algo que serve para sanar problemas imediatos ou se é uma solução duradoura, que vai funcionar por um bom tempo. A gente procura dispor sempre de melhorias que nos ajudem no curto, médio e longo prazos”, conclui.

Curitiba é exemplo para o país

A prática da coleta multisseletiva em condomínios é vista com bons olhos pela Prefeitura de Curitiba, principalmente por incentivar e conscientizar as pessoas a separar seus resíduos. “Toda ação que contribua para a correta destinação dos resíduos sólidos é bem-vinda”, afirma o diretor da Limpeza Pública do município, Edelcio dos Reis. A cidade de Curitiba possui coleta universalizada e tem índice de reciclagem em torno de 22,5% de todo o resíduo recolhido. O Brasil, em média, recicla apenas 4%.

Mas, embora a capital paranaense tenha um bom índice de reciclagem de resíduos na comparação com o restante do país, está bem abaixo das taxas de aproveitamento do lixo em países europeus como a Alemanha, Áustria e Bélgica, além de asiáticos como o Japão e a Coreia do Sul. Neste sentido, o diretor afirma que Curitiba tem muito para crescer, considerando que 30% de tudo que é descartado nos aterros sanitários que servem à cidade é material potencialmente reciclável. Ele diz que, para reciclar mais, a cidade precisa justamente que os moradores intensifiquem a separação dos lixos reciclável e orgânico. “A rede coletora de Curitiba está pronta. Para melhorarmos ainda mais a reciclagem, a população tem que separar mais e melhor”, afirma.

Além do ganho ambiental, o impacto econômico na cidade por meio da reciclagem também merece ser mencionado. Somente os 30% de material potencialmente reciclável (cerca de 480 toneladas/dia) despejados no aterro sanitário, se devidamente separados, poderiam injetar cerca de R$ 1,5 milhão por mês em Curitiba, valor que, segundo o diretor, poderia proporcionar mais empregos, melhorar as condições da pessoas que trabalham no segmento, movimentar o comércio e poupar recursos naturais.

A coleta seletiva existe para separar o lixo orgânico do lixo reciclável composto basicamente por plásticos, papéis, papelões, metais e vidros. Entretanto, esse tipo de coleta é um problema para grande parte das cidades brasileiras. Aproximadamente ¼ dos 5,5 mil municípios do país não possuem qualquer prática de separação de lixo. E quando apresentam alguma iniciativa, muitas vezes, são insuficientes, segundo o relatório “Panorama dos Resíduos Sólidos 2022”, da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).